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13 dez 2018
Comunicação

Entenda como a acessibilidade pode estar presente no meio digital

Quando pensamos em um projeto de um produto digital, a primeira coisa que nos perguntamos é: para qual público ele será destinado? E, seguindo esta mesma lógica, no geral, definimos um público médio que poderá se interessar pelo produto que será desenvolvido.

Neste público médio, as especificidades são deixadas de lado com o objetivo de atingir uma maioria, como por exemplo, a altura média dos móveis de uma casa. Existe um padrão, mas pessoas muito baixas ou muito altas podem sentir dificuldades em viver nesta casa. Assim acontece no meio digital.

Um público muitas vezes esquecido pelos designers e desenvolvedores é o público de pessoas com deficiência. Sites, aplicativos, campanhas desenvolvidas para os meios digitais não costumam incluir essas pessoas e a tecnologia acaba por se tornar um obstáculo na vida delas. O ideal a se fazer é pensar na acessibilidade desde o início do projeto. É muito mais prático planejar ações do que corrigir algo já existente.

Existem funções nos sistemas operacionais atuais focados na acessibilidade das pessoas com deficiência visual, por exemplo, que conseguem tornar possível a navegação. No entanto, os designers e desenvolvedores de aplicativos e sites precisam planejar suas ações com cautela.

Designers devem se preocupar com a disposição simplificada dos elementos do site bem como suas cores, que não podem passar informações que prejudiquem o entendimento da mensagem, e a tipografia, que deve ser adequada a quem tem problemas de visão (o não travamento do zoom também é um recurso interessante). Além desses fatores, o uso de legendas nas imagens de um site faz toda a diferença no momento em que o software fará a leitura falada do site.

No que diz respeito à programação de um produto digital, desenvolvedores devem ter a preocupação com a semântica básica, que pensa também nos atalhos que são utilizados para facilitar a navegação, acrescentar elementos paliativos nos códigos para que, informações como datas sejam lidas corretamente (Ex: 10/10 seja lido “Dez de Outubro” e não “dez barra dez”), utilização de alt tags e labels que descrevem os botões e permitem ao usuário identificar qual aplicativo é aquele, e, por fim, realizar testes com portadores de deficiência antes do produto ir ao ar efetivamente.

Para redes sociais, existem as descrições das imagens, em que uma simples legenda do que está acontecendo na imagem pode ajudar o deficiente a entender o post com a ajuda de um aplicativo ou até mesmo outra pessoa que possa ler para ele.

Hoje, existem muitos recursos para tornar o mundo digital mais acessível e, assim fazer da vida das pessoas com necessidades especiais tão prática quanto a nossa. O importante é a conscientização e a empatia com o diferente para que, com um pouco de estudo essas práticas sejam aplicadas e disseminadas de forma efetiva.